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Um reencontro entre uma paciente e sua pet de estimação na Unidade Onco-Hematológica Hemolabor causou comoção na manhã de sábado, 10 de agosto. Internada há 15 dias na unidade de saúde, a advogada, Denise Maria Rodrigues Alves, 39 anos, contava os minutos para a chegada da Mel, sua cocker spaniel de 13 anos. A visita aconteceu na portaria da instituição e foi acompanhada por um técnico de enfermagem.
O marido da paciente, Bruno Carlos Souza, 46 anos, conta que em uma conversa com a psicóloga Thalita Soares Agati, que acompanha o tratamento da sua mulher na instituição, surgiu a ideia da visita pet. “A psicóloga me perguntou o que poderia ser feito para que a Denise tivesse um dia diferente, um dia feliz. Logo pensei na Mel, somos muito apegados, minha mulher então, é muito ligada a ela. Somos casados há 13 anos e optamos por não ter filhos. Nosso propósito é viajar, passear e curtir a vida juntos. E a Mel sempre está junto”, contou o especialista em marketing.
Entre lambidas e pulos no colo da tutora e paciente Denise Maria Rodrigues Alves, 39 anos, Mel dedicou carinho e amor durante os 40 minutos da visita, sem parar ao menos por um minuto. “Foi tudo maravilhoso! Estava com muita saudade dela. Duas semanas fora da nossa rotina é muito ruim. A Mel faz parte da minha vida e eu estava… Nossa Deus, saudade demais. Eu estou mais do que pronta, nossa Deus, não vejo a hora de ir para casa”, disse a advogada. Animados, o casal Denise e Bruno planejam a próxima viagem para a praia de Guarajuba, na Bahia, em companhia da Mel, é claro.
A Coordenadora da Internação e enfermeira responsável pelo Núcleo de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (NIRAS), Natalina Campos Dias, informou que há um fluxo a ser seguido como a certificação de o paciente não esteja neutropênico, acompanhamento de profissionais de saúde durante a visita e orientações e cuidados pós visitação. De acordo com a profissional, esta é a segunda solicitação de visita de animais de estimação em cinco anos. “Vejo com bons olhos esta iniciativa, vai de encontro com o nosso jeito humanizado de ser”, disse Natalina.
“O contato com o animalzinho de estimação proporciona ao paciente uma experiência humanizada e individualizada durante o processo de internação, promovendo o resgate da subjetividade do paciente e de suas referências. Além disso, promove sensação de prazer e bem estar, e diminuição do estresse”, afirmou a psicóloga Thalita Soares Agati.
