A Unidade Onco-Hematológica do Hemolabor sediou, no dia 27 de março, o Café Paliativo Integrativo, um encontro que reuniu profissionais de diversas instituições de Goiânia (GO) para discutir casos clínicos e fortalecer a troca de experiências entre diferentes serviços de cuidados paliativos. A iniciativa faz parte de uma ação coordenada pela Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), com apoio da Academia Estadual de Cuidados Paliativos de Goiás (AECP-GO), promovendo encontros mensais em diversas instituições de saúde.
O anfitrião do evento foi o Grupo de Cuidados Paliativos do Hemolabor (GCPH). Thalita Soares Agati, coordenadora e psicóloga do GCPH, mediou a discussão sobre Cuidados Paliativos na Oncologia: Comunicação e Tomada de Decisão, e a médica geriatra e paliativista Amanda Carvalho Fonseca, em sua apresentação, destacou a importância de olhar para o paciente paliativo além da perspectiva médica, considerando-o de maneira integral, como, por exemplo, a legitimação de suas vontades, resoluções de pendências existenciais e necessidades individuais.
Priscila Gomes dos Santos, foi uma paciente acompanhada pela equipe de Cuidados Paliativos do Hemolabor. Seu maior sonho era concluir o doutorado, e, com o apoio da instituição e em parceria com a Universidade Estadual de Goiás (UEG), ela recebeu o título de Doutora Honoris Causa. A cerimônia foi realizada na Unidade Onco-Hematológica, tornando-se um momento simbólico para a paciente e sua família. “Foi muito gratificante, não só para ela, mas para os pais e toda equipe assistencial, que sabiam o quanto isso era importante, fazia toda a diferença em sua trajetória como pesquisadora e, consequentemente, para o seu legado”, afirmou a psicóloga Thalita Agati. Horas depois a paciente Priscila não resistiu e partiu, levando consigo o tão almejado título.
A médica paliativista Amanda Travaglia Vitoy explicou que os encontros mensais da Academia Estadual de Cuidados Paliativos de Goiás (AECP-GO) reúnem profissionais para troca de experiências e aprimoramento das práticas. A iniciativa faz parte da ANCP e fortalece o desenvolvimento da área. Segundo Amanda, esses encontros permitem o aprendizado entre diferentes perfis de serviços. Além disso, contribuem para a valorização dos cuidados paliativos no mercado da saúde.
Para Francielle Rodrigues da Silva, psicóloga do Hospital Araújo Jorge, a estratégia realizada com a paciente foi inspiradora. Ela destacou que a equipe conseguiu transformar um desejo existencial em realidade, proporcionando não apenas a satisfação da paciente, mas também um impacto positivo nos profissionais envolvidos. “Achei extremamente motivador e original. Eles realmente trabalharam com a realização da paciente”, afirmou. A experiência a marcou tanto que pretende levar novas estratégias para seu ambiente de trabalho. “Quero contribuir ainda mais para o nosso público paliativo, que merece tanto cuidado e amor”, concluiu.