Na última sexta-feira,(13/09) o pequeno Rodrigo Pimentel, de apenas 10 anos, recebeu uma homenagem dos seus amigos de escola para celebrar sua alta hospitalar após 15 dias de internação. Rodrigo foi surpreendido ao ouvir uma cantoria na porta da Unidade Onco-Hematológica Hemolabor, em Goiânia, e perceber que a serenata se tratava de um tributo a sua vida. O grupo formado por 12 crianças se reuniu para cantar e tocar violão as músicas “É Preciso Saber Viver”, dos Titãs, levando emoção a todos os presentes e arrancando sorrisos ao som de “Galopeira”, de Chitãozinho e Xororó, que é cantada pelo jovem nos intervalos da escola.
Rodrigo, que está passando por um momento delicado, transbordava alegria e sorrisos ao ver seus amigos ali. “Eu não sabia que eles iriam vir. Fiquei muito feliz! Escutei a música mas não pensei que fosse para mim, até que minha mãe me pediu para olhar pela janela. Eles são meus melhores amigos e a música deles me deixou mais animado,” disse o menino, radiante com a demonstração de carinho.
Entre os amigos que participaram da homenagem estava Valentina Prado Duarte, de 11 anos, uma das colegas mais próximas de Rodrigo. ” Quando descobri que ele estava doente, eu chorei muito. Falei pra minha mãe, pra gente vir junto à homenagem. Minha mãe teve a ideia de fazer os cartazes com as letras do nome do Rodrigo. Estou muito realizada que a nossa homenagem deu certo”, relatou a pequena enxugando as lágrimas.
A mãe de Rodrigo, Viviane Pimentel, que o acompanha diariamente no tratamento, se emocionou ao ver o impacto que o gesto dos amigos teve no filho. “Muita gratidão por todo mundo a atenção que estão tendo com ele. Meu filho é muito amado por todos! Agradeço a todo mundo que veio, que está rezando para ele. É uma emoção muito grande, eles sempre fazem chamadas por vídeo querendo saber como é que o amigo está. Esse carinho traz uma alegria que nenhum remédio pode oferecer,” comentou a biomédica, também com lágrimas nos olhos.
A psicóloga da Unidade Onco-Hematológica, Thalita Soares Agati, que acompanhou o momento, destacou a importância de gestos como esse no processo de recuperação de crianças em tratamento. “Momentos como esse proporcionam à criança motivação para aderir melhor ao tratamento e internação. Faz com que se sintam integrados aos grupos sociais, mesmo estando longe da escola ou de outras atividades que desempenhavam antes do diagnóstico. Resguarda o humor e o ânimo da criança hospitalizada promovendo acolhimento e amenizando o impacto emocional da nova realidade imposta“.
O momento emocionou não só Rodrigo e sua família, mas também os profissionais de saúde e outros pacientes que estavam no local. Para todos, a homenagem foi uma demonstração poderosa de amizade, esperança e resiliência, lembrando que, mesmo nas horas mais difíceis, é preciso saber viver.