Hoje, 4 de março, é o Dia Mundial da Obesidade. Mas existe relação entre o câncer e a obesidade? O excesso de peso é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de câncer no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). De acordo com o instituto, aproximadamente 4% dos casos de câncer no país estão relacionados à obesidade. Os tipos de câncer mais associados ao sobrepeso são os de esôfago, estômago, pâncreas, vesícula biliar, fígado, intestino (cólon e reto), rins, mama, ovário e endométrio. “O acúmulo excessivo de gordura corporal causa um desequilíbrio no organismo, favorecendo processos inflamatórios e alterações hormonais que podem estimular o crescimento de células cancerígenas”, explica o oncologista do Hemolabor, Augusto Rodrigues de Araújo Neto.
A obesidade não só aumenta o risco de desenvolvimento da doença, mas também pode impactar negativamente o tratamento de pacientes já diagnosticados com câncer. Isso ocorre porque o excesso de tecido gorduroso pode dificultar a distribuição dos medicamentos pelo corpo, comprometendo a eficácia dos tratamentos. Além disso, o estado de inflamação crônica e as alterações hormonais podem tornar a doença mais agressiva e de difícil controle. “Pacientes obesos tendem a apresentar uma resposta menos favorável às terapias oncológicas, o que reforça a importância de manter um peso saudável tanto para prevenção quanto para tratamento”, destacou o médico.
Por outro lado, manter hábitos saudáveis pode ser um fator decisivo na prevenção do câncer e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes oncológicos. A prática regular de atividades físicas, uma alimentação equilibrada e a perda de peso são fundamentais para reduzir os riscos de diversas doenças, incluindo as neoplasias. “Estudos mostram que pacientes com câncer que adotam um estilo de vida mais saudável apresentam melhores respostas ao tratamento e maior chance de cura”, ressaltou o especialista.