No dia 26 de setembro, o auditório da Unidade Onco-Hematológica Hemolabor recebeu a palestra do infectologista Guilhermo Sócrates, como parte da Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT), organizado pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e com o apoio do Serviço Especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT). O evento focou na prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) e deu destaque para a evolução do tratamento do HIV.
Durante sua apresentação, o infectologista destacou que, desde o surgimento do HIV nos anos 1980, o tratamento evoluiu, especialmente com a introdução da profilaxia pré-exposição (PrEP). O principal avanço é a possibilidade de prevenir a infecção com medicamentos seguros e eficazes. Além disso, os tratamentos modernos permitem que pessoas com HIV reduzam sua carga viral a níveis indetectáveis, tornando a transmissão praticamente impossível. O cenário mudou radicalmente em comparação com o passado, quando os pacientes precisavam tomar coquetéis complexos e enfrentavam graves efeitos colaterais. Hoje, a medicação é mais simples e acessível, proporcionando qualidade de vida normal para os pacientes.
Apesar desses avanços, o estigma em torno do HIV ainda persiste, dificultando a prevenção e o tratamento. Doenças visíveis, como verrugas e úlceras, são mais facilmente evitadas por questões de percepção, enquanto patologias invisíveis, como o HIV e as hepatites, são mais desafiadoras de combater. “A diminuição das campanhas preventivas nas últimas décadas contribuiu para o aumento de infecções comuns. Embora a prevenção e a educação em saúde pública sejam caras, são fundamentais para conter a disseminação do vírus e, a longo prazo, representam uma economia significativa em termos sociais e econômicos”, salientou Guilhermo Sócrates.
As recepcionistas do Grupo Hemolabor, Diene de Jesus Fontes e Suziele Abadia Pereira Borges, deram suas opiniões ao final do evento. “Fiquei encantada com a PrEP, não sabia nem que existia. Gostaria inclusive de participar de mais palestras como essa. Recebi muitas orientações importantes e que posso precisar um dia”, relatou Diene. Suziele concordou com a colega, afirmando que depois da palestra se sente preparada para falar sobre IST’s e que mesmo com a evolução do tratamento, a prevenção ainda é o melhor caminho.