A Unidade Onco-Hematológica Hemolabor, em Goiânia, realizou nesta terça-feira, 29 de julho, a primeira roda de conversa do projeto ABRASSOS – acolhimento, bem-estar, respeito, afeto, sentido de vida, olhar empático e solidariedade, com o tema “Quando o câncer bate à porta: medos, força e recomeço”. Com a iniciativa da diretora da Unidade Onco-Hematológica e psiquiatra Daniela Paes Landim Borges, do diretor clínico e oncologista clínico Fernando Azevedo e com apoio da psicologia, nasce um espaço de escuta ativa para os pacientes em tratamento oncológico e seus acompanhantes no Hemolabor. Os encontros acontecem trimestralmente.
Joana D’arck Alves, 66 anos, já esteve em tratamento oncológico na Unidade Onco-Hematológica e hoje acompanha sua filha em tratamento. A aposentada aprovou o projeto e já está ansiosa para o próximo encontro. “Achei ótimo, gostei muito. Esse projeto é realmente importante, porque esse acolhimento faz toda a diferença pra quem está de acompanhante no tratamento.
Me senti livre para falar, fui acolhida e orientada”.
Ione Moreira Vitor Montello, de 47 anos, é auxiliar de educação, veio de Goianira especialmente para o primeiro encontro do grupo ABRASSOS e relatou ter achado a experiência maravilhosa. Segundo a paciente, ouvir os testemunhos de outras pessoas contribuiu muito para seu aprendizado e para o processo de tratamento pessoal. Ione afirmou ainda que pretende comparecer aos próximos encontros.
De acordo do a psicóloga Thalita Agati, as palavras-chave para o projeto ABRASSOS são compartilhar e aprendizado. “Ao compartilhar minha experiência, faço com que outras pessoas aprendam através da minha vivência e vice-versa. Além de conversar sobre a minha jornada como paciente oncológico, eu posso aprender algo novo, algo que vai agregar valor à minha vida e que posso levar para a minha jornada.
Um dos idealizadores do projeto, o oncologista Fernando Azevedo, revela que o projeto ABRASSOS tem o objetivo de oferecer um acompanhamento mais próximo aos pacientes, desmistificando medos relacionados à doença e ao tratamento, além de promover suporte psicológico e melhorar a qualidade de vida. Segundo ele, a proposta é fortalecer o vínculo entre equipe, pacientes e acompanhantes, com um olhar mais atento à trajetória de cada um. “Queremos humanizar o cuidado e criar um espaço seguro para que todos possam compartilhar suas vivências”, destacou o médico. O primeiro encontro revelou percepções importantes e reforçou o potencial de crescimento do projeto.